terça-feira, 1 de setembro de 2009

Alfaiates, uni-vos!

Alfaiataria Raunier, São Paulo / 1914

Quantas casas no Brasil ainda ostentam letreiros como o da foto acima? Trata-se da antiga fachada da Alfaiataria Raunier, na Rua 15 de Novembro, n. 39, em foto publicada pela primeira vez em 1914, e reproduzida mais recentemente no livro A cidade-Exposição.

O ofício do alfaiate vai se extinguindo – e nenhuma organização internacional para preservação da individualidade e bom gosto parece erguer a bandeira dessa causa. Os profissionais que ainda não viram seus estabelecimentos transformados em loja de computador, atacadão de produtos de limpeza, ou qualquer outro ofício menos nobre, vivem da fidelidade de clientes de longa data. Pesquisar no google sobre o tema nos conduz quando muito a listas telefônicas.

Exorto possíveis leitores desta mensagem a divulgarem aqui endereços e contatos de alfaiates espalhados pelo Brasil e com os quais tenham tido a
sublime experiência de ver se formar gradualmente um terno ou paletó inteiramente feito sob medida.

Um comentário:

  1. Reparo que também no Brasil acontece a situação que vivemos em Portugal.
    Profissionais altamente especializados, têm que ganhar a vida a efectuar alterações em roupa mal feita, cara e sem um mínimo de qualidade.
    Gostaria de realçar que mais importante ainda do que ver o vestuário se formar é o direito e o prazer de decidir sobre todas as particularidades que fazem o nosso gosto.

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