segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A contemplação do paraíso

Bombardeio de Londres / 1940
Há uma passagem de Jorge Luis Borges em que o escritor argentino diz ter sempre imaginado o paraíso como uma biblioteca. A analogia, para mim, não poderia ser mais adequada. A expectativa de passar a eternidade em uma vasta e infinita extensão de livros - incluindo os livros ainda por serem escritos - é alentadora. Talvez por isso a imagem acima beire à epifania. Uma biblioteca que se mantém de pé em meio a escombros por toda parte parece ter a dimensão de uma coisa sagrada, de um sinal de que o mais importante nunca se destrói. Quando o mundo estiver desabando sobre sua cabeça, mantenha a calma. Procure um bom livro na estante e jamais perca a elegância.

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