Uma vez que as diversas partes que compõem o terno tenham sido cortadas, elas serão montadas, provavelmente por uma pessoa diferente daquela que tirou suas medidas, traçou o molde, e cortou o tecido. Nessa etapa preliminar, o que importa é produzir uma versão provisória do paletó, para saber como ele se ajusta ao seu corpo. Por essa razão, o paletó ainda estará sem as mangas e sem a gola; os pontos de linha que unem as partes serão feitos de modo esparso, com uma linha diferente da cor do tecido. Seu alfaiate lhe telefonará então chamando para a primeira prova do terno. Trata-se de um momento sublime, pois até então o terno só existia na sua cabeça. Durante essa fase, ainda é possível fazer uma série de modificações no paletó.
É importante que, durante as provas, você se mantenha de pé naturalmente, com a postura que considera sua postura normal. Resista à tentação de estufar o peito, projetando no espelho uma imagem mais idealizada do que real de você mesmo. Do contrário, o paletó corresponderá a proporções diferentes daquelas que você realmente tem em circunstâncias de espontaneidade e descontração.
É praticamente impossível produzir um paletó unicamente com as medidas que foram tomadas e passadas para o molde, sem fazer pelo menos três provas. (A confecção da calça é bem menos complexa). É durante as provas que são feitos os ajustes que tornam o terno sob medida incomparavelmente superior ao terno comprado pronto. É também durante as provas que vem à tona a habilidade e o estilo de seu alfaiate. Se um mesmo molde fosse usado por dois alfaiates diferentes, os resultados finais, após as provas, seriam também bastante diferentes um do outro.
sábado, 4 de abril de 2009
Alfaiates: arquitetos da elegância (IV)
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