sábado, 16 de maio de 2009

Relógio de bolso e "bouttoniere"

Barão do Rio Branco / c. 1875
Em uma postagem anterior, referi-me à função que a bouttoniere adquiriu a partir do momento em que ela deixou de ser utilizada para se abotoar o botão superior do paletó, passando então a ser usada para abrigar uma flor, como por exemplo um pequeno cravo vermelho. Mas há ainda uma outra função para a bouttoniere. Com o gradual declínio do uso do colete, surgiu o problema sobre onde se poderia abrigar o relógio de bolso. Tradicionalmente, o relógio era colocado no bolso do colete, deixando visível apenas sua correntinha, como na imagem acima retratando o elegante Barão do Rio Branco.

Esquire / 1934

Uma solução foi substituir a correntinha de metal por uma discreta tirinha de couro, prendendo em uma de suas extremidades a bouttoniere e na outra o relógio, que passou então a ser alocado no bolso superior esquerdo do paletó.

Ludwig Wittgenstein / 1930

Ludwig Wittgenstein / 1929
Há diversas fotos e ilustrações da época de ouro da elegância clássica masculina sugerindo esse uso bastante casual do relógio de bolso. Em pelo menos duas fotos o filósofo Ludwig Wittgenstein é visto usando um relógio de bolso preso à bouttoniere.

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