Referi-me em minha postagem anterior a esse aspecto da cultura da elegância clássica masculina: nada pode ter a aparência de novo, como se tivesse acabado de sair de uma embalagem. Havia uma época, inclusive, em que cabia ao mordomo ou outro empregado a tarefa de usar por alguns meses os sapatos ou ternos novos de seu empregador, até que essas peças perdessem a rigidez e inflexibilidade com que saíam do artesão que as produziu. De Cary Grant, diz-se, por exemplo, que ele deixava por uns dias estendida ao sol a fazenda de que se fariam seus ternos, até que adquirissem uma cor menos industrial.
Não deve ser por outra razão que o Príncipe Michael of Kent não apenas não experimenta qualquer constrangimento em circular publicamente com um jaquetão - em tudo mais impecável - já com a parte frontal se desfazendo em elegantes esfarrapos, pelo contrário disso ele deve com certeza se orgulhar.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Roupas e sapatos não envelhecem, enobrecem... (II)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário