quarta-feira, 17 de março de 2010

Um chato de galochas (I)

Van Gogh / agosto de 1888

Após alguns dias de intenso calor, as águas de março, fechando agora o verão, têm causado danos por toda parte. Inclusive em alguns sapatos. Para sapatos com solado de couro a água em excesso pode ser realmente um problema. Sob hipótese alguma use um secador de cabelos, nem coloque os sapatos em locais quentes como radiadores de geladeira, ou aquecedores para secarem mais rapidamente. Esse procedimento com certeza tornará o couro quebradiço e enrugado, danificando os sapatos de modo irreversível. O ideal é retirar os cadarços e encher o sapato de jornal ou, melhor ainda, papel absorvente. O importante é que os sapatos sequem naturalmente em local arejado. Virar o sapato de lado, com a sola do sapato numa posição perpendicular ao chão, promove a circulação de ar e a remoção da umidade. Se for necessário, retire o papel e repita o procedimento até os sapatos ficarem completamente secos.


Anúncio antigo de galochas

Uma maneira de prevenir, ou pelo menos de amenizar o problema dos sapatos molhados consiste em recorrer às velhas e já esquecidas... galochas. De onde vem a expressão “um chato de galocha” não se sabe ao certo, mas ela deve ter contribuído para que as pessoas gradualmente deixassem de levar a sério esse item de qualquer guarda-roupa civilizado. As galochas antigas costumavam ser, de fato, um pouco grandes e pesadas. Mas hoje em dia é possível encontrar algumas bem mais elegantes. Retornarei ao tema na próxima postagem...

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